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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Noite Eterna


Se em teus olhos vejo chamas ardentes refletidas no negro
Queimando em meio a escuridão  pérfida da noite
busco te encontrar
E, minhas mãos angustiadas buscam, tateando...
Mas só há a noite.
Tudo a minha volta se esvai.
E a dor da perda me invade como adagas de madeira.
Cortando-me e me dilacerando.
Quero gritar, mas a minha voz se vai junto a minha corrente exangue.
Como um morto vivo na noite fria e eterna.
Quero te encontrar todos os dias.
E tua lembrança me atormenta, como um fantasma.
Sempre a espreita me faz gritar e chorar.
Autoflagelando me em meio a languida loucura que me consome.
Diga-me porque você faz isso...
Se sabe que não voltará e que jamais poderemos nos reencontrar.
Você sabe que tudo aquilo que era vida em mim partiu com você.
Só a morte me restou, com seus dedos frios que me acariciam.
São as únicas caricias que sinto.
E a volúpia vermelho berrante que escorreu por tua pele.
Se infiltrando em meu ser com fúria.
Corrompendo o anjo puro que me habitava.
No demônio obscuro das noites.
Me exilando, deixando-me somente a noite.
Ah, quisera eu que tivesses me deixado morrer
Já que em pouco me abandonarias, levando consigo o que de mim restava...
Queria ter a coragem necessária para encontrar o sol.
Mas sei que após vê-lo, só me restará o inferno.
Pois você corrompeu tudo de bom que existia em mim.
E só me deixou  a dor.



30 de Maio de 2011

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2 comentários:

  1. Uia. Neste vc se superou loira. O vocabulário, os sentidos, as metáfora, estão mais do que ótimos. Como não podia deixar de acontecer, eu adorei.Muito.

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  2. Dezy, parabéns. O conto "Noite eterna" tem desespero, angústia, tristeza e esperança. Tudo que um grande conto pede. Continue assim...

    Fábio M. (Elfurius)

    Abraço

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