expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A primeira de um NERD

_E ai, trouxe? – perguntou ela nervosa.
_O que? – perguntou ele confuso.
_Você sabe o que – retrucou ela revirando os olhos e cruzando os braços sobre o peito.
_AH! Você quer dizer aquilo... – respondeu ele sorrindo timidamente -  claro, eu não poderia esquecer-me, afinal é importante, mas você sabe, quando você me perguntou eu realmente não me lembrei desse detalhe...
_Para alguém que supostamente é tão  inteligente você as vezes consegue ser bem obtuso – comentou ela ainda de cara fechada.
_Uau, você sabe dizer obtuso... Você é mesmo misteriosa, adoraria desvenda-la, como um mapa do tesouro, ou,  ou...um mapa astronômico, já que seus olhos parecem a lua e seus cabelos, bem, são como o sol de tão brilhantes...
_Meu Deus, porque é que eu concordei com isso mesmo? – disse ela jogando as mãos para o alto em puro desalento.
_Porque você precisa de nota em história antiga e a professora é mulher e totalmente carola, além de eu ser o melhor aluno desde hmmm – respondeu ele colocando as mãos sob o queixo fingindo pensar – desde sempre – e sorriu abertamente após essa constatação.
_Você... Você é odioso! – disse ela batendo o pé  e dirigindo-se para sua mochila jogada em um canto do quarto dele, que era repleto de livros espalhados e pôster do Homem Aranha, Mulher Maravilha e outros personagens de quadrinhos, além de bonecos em miniatura de personagens de Guerras nas Estrelas, aquilo a deixava enjoada enquanto procurava seu casaco, que ela encontrou embaixo da cama, onde eram visíveis revistas pornôs misturadas com revistas em quadrinhos.
Ela bufou e dirigiu-se a porta grande a furiosas passadas, mas ele a agarrou antes que ela pudesse encostar no trinco.
_Espere, não vá!
_Vai me prender aqui agora?- perguntou ela com os olhos faiscando.
_Não, me desculpe, não queria ofende-la – disse ele timidamente.
_Não ofendeu, eu só odeio ser julgada, ainda mais por alguém como você – atirou ela venenosamente sem olha-lo.
_Alguém como eu?
_Sim! Alguém como você! Que possui uma vida perfeita! Inteligente! E... Maldição, você sabe – com essa ela riu desdenhosamente.
Com orgulho ferido ele a segurou pelos braços e fez com que ela o olhasse.
_Não depois dessa noite!
_De jeito nenhum! Nosso trato está total e irrevogavelmente quebrado, então me solte!
_Você será reprovada em História Antiga o que sujará seu currículo, que já não é muito bonito...
_Não me importa, vou embora daqui agora!
_Por favor – pediu fazendo carinha de cachorro sem dono.
_Não se atreva a fazer essa cara pra mim, eu não... Droga! – disse ela bufando – tudo bem, manteremos nosso trato.
Ele sorriu brilhantemente.
Ela jogou sua mochila para o lado da cama, assim como seu casaco, e o empurrou para a cama de colcha negra com desenhos geométricos bizarros e algoritmos que ela nem sonhava existir.
_Ouch! – disse ele ao cair na cama.
Ela abaixou-se vagarosamente, dirigindo-se para as bermudas dele, as quais abaixou suavemente.
_Espero que esteja pronto pra mim – disse ela fitando-o com um sorriso malicioso nos lábios.
_Eu...Eu estou – respondeu ele sem muita firmeza.
Ela somente continuou a sorrir e terminou de tirar a bermuda dele.
_Hum, espere – disse ele receoso.
_O que é? – disse ela revirando os olhos.
_Eu, hum, não sei se é certo.
_E como poderia não ser? – perguntou ela arregalando os olhos.
_Bem, talvez não seja uma boa ideia afinal.
_Tenho certeza de que é, agora seja homem e fique quieto.
Ele suspirou e fechou os olhos enquanto se encostava no travesseiro negro.
Ele a sentia enquanto ela acariciava suas coxas fazendo movimentos circulares na parte interna delas, ele não queria ver o que ela fazia, preferia só sentir, talvez fosse melhor assim.
_Está feito – disse ela limpando o rosto com uma toalha.
_Já, hum, acabou? – perguntou ele incerto.
_Sim.
_Pensei que fosse mais demorado.
_Algumas vezes é mesmo, mas no seu caso foi fácil, rápido e o resultado excelente! –disse ela sorrindo.
_Ahn, obrigado.
_Não há de que, te vejo na terça, você sabe, para a revisão da matéria de História.
Ele revirou os olhos.
_Revisão – bufou ele.
_É, mais ou menos isso, de qualquer forma, minha parte está feita, espero que cumpra  a sua com o mesmo afinco.
_Com certeza.
_Vou indo então, se cuide.
_Farei.
Ele observou enquanto ela saia pela porta segurando-se para não parecer um idiota, então de um salto saiu da cama  e correu para se olhar no espelho do banheiro.
_Uau – ele exclamou admirado enquanto via o desenho perfeito do olho de Tandera em alto relevo em sua pele ainda avermelhada, afinal valera a pena, agora sim ele se sentia satisfeito e aguentar ela não seria assim tão ruim no fim das contas.


09/08/2011

Comente com o Facebook:

3 comentários:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...