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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Lacuna


Mil lacunas se alastram por minha mente.
Como ácido que derrete tudo em que toca.
Minhas memorias se perdem nas lacunas de mim.
E eu já não me lembro quem sou.

Mil linhas se desenrolam.
Elas se cruzam entre si.
Coloridas...Cinzentas...Brilhantes...
Qual delas é a minha?

Mil sonhos rastejam por minha retina.
Como vermes, eles me atormentam.
Pois neles vejo que falta algo.
Algo que sempre faltou.

Mil vezes me amaldiçoo enquanto os novelos se desenrolam pelo chão.
E eu já não sei como me remendar.
Porque tudo de que me lembro é um grande vazio.
Um vazio que era eu, que sou eu.

Mil acasos me distraem enquanto incessantemente procuro as peças .
As peças de um quebra-cabeça que é só meu.
E a cada peça que recoloco em mim.
Sinto-me mais eu, menos indigente.

Mil lágrimas derramarei pelos pedaços que jamais reencontrarei.
Pois na lacuna brumosa de minha memória.
Eu já não sei quem sou.
E talvez, nunca saiba.

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2 comentários:

  1. Mil acasos me distraem enquanto incessantemente procuro as peças .
    As peças de um quebra-cabeça que é só meu.
    Eu já não sei quem sou.
    E talvez, nunca saiba.

    Inconstes versos que como novelo de linhas incertas flamejam na inconstancia de um ser perdido que se encontra nas palavras que exalas.

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