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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Rosa de gelo




Camadas de glacial gesso recobrem tua cândida alma.
Num pérfido abraço em que em Samhain se encolhe.
Derramando-se pela finitude de teu canto os sepulcrais versos.

No enclave dos pecados esquecidos.
Virginais favos retêm-se na porcelana etérea de teu corpo.
Em que a roseira bela adormece.

Doce geada que acalenta teu corpo quente.
Na mascarada dor que lhe rasga em fiapos.
Os calejados sonhos petrificam-se em gelo.

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2 comentários:

  1. Destas linhas senti o mármore que as pétalas de uma rosa podem ser.
    A cada dia surpreendendo mais com a realeza de tua poesia, Frau.

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  2. Esse é para aqueles que têm gelo na alma.
    Muito bonito, parabéns!

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