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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Sete palmos de angústia






Procurando os vestígios de algo que nunca existiu.
Sorvendo a escuridão que coroe as almas.
Talvez você não acredite em destino.
Mas você estava dentro de mim desde que passamos a existir.
Como uma lacuna que eu não podia preencher.

Tão perto, tão longe.
Diga-me porque você permanece tatuada em mim.
Eu só desejo ser sugado pelo vácuo.
Esquecer essas memórias que insistem em devorar-me.

Quando a dor da queda é forte demais para suportar.
Os anjos cantam uma sinfonia dor.
E os demônios embalam uma balada triunfante.
Enquanto os vivos enlouquecem.

Talvez eu não acredite em destino.
Mas eu pude dizer que você era meu mundo.
Na primeira mordida daquela suculenta maçã.
Eu só queria cingi-la em meus braços.

Antes que a realidade nos tragasse.
Da mesma forma que fumávamos.
Um após o outro.
No momento em que descobrimos que não podíamos aceitar o fim.

Foi numa primavera, tão doce quanto aquela em que nos conhecemos.
Quem poderia dizer que canção que embala o renascimento.
Poderia ser um ponto final?
Eu acreditei que era eterno enquanto tive você em meus braços.

Mas no momento em que a terra engoliu teu corpo.
Eu soube que era o meu fim.
Eu não amaldiçoei os deuses.
Porque eles não existem.

Acorrentado em um pesadelo que jamais acabaria.
Os castelos de cristal que juntos polimos.
Desfazendo-se em lágrimas de dor, eram a ruina de minha alma.
E minha passagem de ida ao inferno.

Quem poderia dizer, que aquele olhar seria o ultimo?
Talvez eu tivesse segurado a sua mão e olhado em seus olhos...
Uma ultima e longa vez.
E talvez, a imensidão daquele olhar me tragasse.

Eu só quero que me diga como posso prosseguir.
Quando tudo em que penso, é em seu sorriso enquanto acariciava meu rosto.
Com um olhar de adeus que me dizia que tudo valera a pena.
Por favor, me diga como posso não morrer aos poucos.
Se a escuridão dos véus intransponíveis a ocultaram de mim!

Quero vê-la.
Quem sabe em outra vida.
Quero tocá-la.
Quem sabe após a morte.

A aposta é simples: minha alma por um sonho.
E o que quer que me espere do outro lado.
Saberei que tudo valeu a pena.
Porque querida, eu te encontrei.



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Um comentário:

  1. Uma alma por um sonho, o infinito pelo finito.
    Uma eternidade por um breve momento.
    Acorrentado a um pesadelo eu o carrego para fora de mim, vestígios de vento que foram feitos por mim, um fim.
    Quem poderia dizer? Quem poderia saber?
    Quero tocá-la em vida, um sonho de morte para mostrar a sorte que um amanhã pode trazer.

    Parabéns...

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