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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Legado



Gritando pelos sonhos que não tive
Amaldiçoo os ventos que me trouxeram
Os desígnios de um destino vil
Repleto de ocultos segredos macabros

Esse nunca foi o mundo que desejei
E a chuva fria já não lava o sangue que jorra
Gélido e mórbido
De um passado negro e perverso

A fonte de todo o mal que me possui
Fluindo lentamente pelo tempo
Ascendendo nas horas mortas
Nos pensamentos adormecidos

Era a treva da minha alvorada
Devorando minha carne e alma
Corrompendo tudo o que era eu
Sugando a vida que existia em mim

Eu não podia fugir ao pesadelo que me ninava
E as noites pérfidas que me abraçavam com dedos de aço
Era o legado que me foi deixado
Uma vida morta e suja, assassinato.



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